

foto: © Antera
Um renovado olhar sobre a peça
O Cerejal de Tchékhov, num projeto que vai além do teatro
O Cerejal é uma das peças mais emblemáticas de Tchékhov, dando-nos uma análise profunda da sociedade em transformação da Rússia do séc. XX. Nesta peça existem conquistas e tragédias, medos e euforias, numa colagem de contrastes que abraça todas as emoções possíveis.
Na verdade, é só através de uma certa sensibilidade contemporânea que O Cerejal é visto como uma tragédia. O próprio Tchékhov subtitulou a peça de Comédia em quatro Actos, perfeitamente consciente da natureza cómica dos factos trágicos e por vezes absurdos da nossa vida.
É por isso que nesta criação em contínuo desenvolvimento não pretendemos simplesmente apresentar uma encenação de O Cerejal de Tchékhov: queremos oferecer um momento de sublimação através da análise profunda dos processos que compõem a peripécia das nossas Personagens no palco da vida.




foto: © Sara Camilo, © Antera
Para além do drama
e dos actores
O Cerejal começou de forma experimental, convidando pessoas de diferentes áreas e com diferentes níveis de experiência, já que não se pretende fazer uma encenação nos moldes da tradição teatral mas convidar os intervenientes à análise e exploração interior através das suas especialidades.
Este cruzamento de disciplinas está intimamente ligado com o plano de transformação artística do projeto CerejATO, projeto alargado do qual O Cerejal é o primeiro momento.

foto: © Antera
O mundo que existe fora da blackbox (ou será whitebox?)
Dada a sua natureza experimental e o seu caráter work-in-progress do projeto, a peça O Cerejal não pretende assumir-se como criação fixa em termos de cenário ou adereços, mas antes assumir o lugar próprio onde é acolhida, a partir da iluminação existente e das condições do espaço.
Esta honestidade cenográfica está intimamente ligada à experimentação que pretendemos assumir para este primeiro momento do projeto CerejATO, abraçando a diversidade pessoal, cultural, artística e territorial que pretendemos convidar para este projeto — incluindo participantes locais selecionados por Open Call que poderão vir a fazer parte do elenco-carreira.
produção e criação ATO — Associação Terras de Ourondo
texto Anton Tchékhov, O Cerejal
direção artística, dramaturgia e encenação Luciano Amarelo
interpretação Antónia Alves, Cláudia Bonina, Luciano Amarelo, Mónica Sousa, Miguel de Almeida, Pedro Estima, Rui Neto, restantes atores ainda por definir
música Ainda a definir
produção executiva Xana Lagusi
fotografia Sara Camilo, Antera
design David Costa
parceiros BOTA, Safra, Pena.SCO, Escola do Largo
apoios Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural das Gaivotas





